Estudantes do ensino superior podem agora aceder a consultas de Psicologia e Nutrição

30/09/24
Estudantes do ensino superior podem agora aceder a consultas de Psicologia e Nutrição

A partir de hoje, 30 de setembro, os estudantes do ensino superior, tanto de instituições públicas como privadas, podem solicitar consultas de Psicologia e Nutrição, no âmbito de um novo programa lançado pelo Governo. Os pedidos podem ser feitos através da página oficial gov.pt, também disponibilizada hoje.

Este programa resulta de dois protocolos assinados com as Ordens dos Nutricionistas e dos Psicólogos, e vai garantir a realização de 100.000 consultas de psicologia e 50.000 de nutrição durante o ano letivo 2024-2025. A ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, sublinhou que todas as instituições de ensino superior aderiram à iniciativa, e serão atribuídos cheques de consulta conforme o número de alunos.

Os estudantes terão a possibilidade de escolher o profissional com quem desejam marcar consulta, a partir de uma lista de 297 psicólogos e 208 nutricionistas que aderiram ao programa em todo o país.

Com um investimento de 2.25 milhões de euros em 2024 e cerca de 5.6 milhões em 2025, o programa é gerido através de uma plataforma digital à qual as instituições de ensino superior terão acesso, facilitando a organização dos pedidos.

A ministra destaca que, após a pandemia de COVID-19, a procura por consultas de psicologia aumentou em 50 %, sendo a ansiedade o problema mais frequente entre os jovens. No que diz respeito à nutrição, um levantamento revelou a existência de apenas cinco nutricionistas a operar em todo o sistema de ensino superior português, demonstrando a necessidade urgente deste reforço.

Francisco Miranda Rodrigues, bastonário da Ordem dos Psicólogos, afirmou que os cheques-psicólogo atribuídos neste programa podem servir como um primeiro passo para expandir o acesso a consultas de saúde mental a outras populações. Defendeu ainda que, apesar dos avanços, o acesso às consultas de psicologia enfrenta dificuldades devido à falta de comparticipações, sublinhando que os problemas de saúde mental exigem “um acompanhamento periódico regular com intervalos curtos de tempo e com um tempo de atendimento que não é comparável aos tempos das consultas médicas" nos centros de saúde.

Este programa vem responder a uma crescente preocupação com a saúde mental e o bem-estar nutricional dos jovens, promovendo um acesso mais fácil a profissionais especializados, num contexto em que a procura por estes serviços tem vindo a aumentar significativamente.

Fonte: Lusa

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