“Se fizeram o que fizeram estando alojados em contentores durante mais de uma década, imaginem o que vão fazer daqui para frente”, sublinhou o Dr. Manuel Pizarro, enaltecendo o investimento feito pela instituição e os resultados alcançados ao longo destes 15 anos, como serem o primeiro e único centro de tratamento do cancro da mama no SNS com certificação clínica europeia (EUSOMA).
O ministro da Saúde destacou o desempenho do Serviço Nacional de Saúde na resposta à doença oncológica, realçando as taxas de sobrevivência a cinco anos em Portugal acima da média europeia, como indicou um recente relatório europeu.
“O cancro é uma das principais prioridades nacionais para os próximos anos, em Portugal e na União Europeia”, sublinhou o Dr. Manuel Pizarro. “Diagnosticámos em 2019, o último ano com números fechados, 57.878 casos de cancro em Portugal. Dá-nos bem a dimensão do trabalho imenso que temos para fazer porque felizmente, ao contrário do que acontecia no passado, hoje temos soluções a oferecer à grande maioria dos doentes. Isto é positivo mas é também exigente para o serviço de saúde, por isso temos de otimizar recursos, funcionar em rede e potenciar a resposta para que haja aquilo que só o SNS garante: equidade territorial e social no acesso à inovação tecnológica na área da Medicina e da Oncologia”.
Na intervenção dirigida aos profissionais e responsáveis do Centro Hospitalar Universitário de São João, o ministro da Saúde anunciou que, em breve, será apresentada a Estratégia Nacional de Luta Contra o Cancro 2030, centrada no cidadão e estruturada em quatro pilares: Prevenção; Deteção Precoce; Diagnóstico e Tratamento e Sobreviventes.
Melhorar a adesão aos rastreios do cancro do colo do útero e do cancro colorretal, aproximando-os do sucesso do rastreio do cancro da mama, são outros objetivos da tutela, a par do desenvolvimento de projetos-piloto para o alargamento dos rastreios oncológicos ao cancro do pulmão, estômago e próstata. O plano passa por desenvolver esse trabalho ao longo de 2023 e 2024, no quadro das novas recomendações da União Europeia, que propõe como meta 2025.
O Dr. Manuel Pizarro destacou ainda os resultados do SNS em 2022, ano em que alcançou níveis históricos de atividade, também na área da Oncologia. Ao nível da Cirurgia Oncológica, registou-se um aumento de 31,5 % do número de doentes operados face a 2019, com um total de 64.030 doentes operados (+15.354 que em 2019). Foram mais 5860 doentes operados do que no ano anterior (+10,1 %).
“O SNS fecha o ano 2022 com muitas dificuldades e problemas, mas sem dúvida nenhuma com uma enorme demonstração da força da sua capacidade de trabalho”, concluiu o ministro da Saúde.
Fonte: SNS
Foto: SNS
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