Bolsas “Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem” distinguem quatro projetos que criam valor para os doentes

29/11/22
Bolsas “Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem” distinguem quatro projetos que criam valor para os doentes

São quatro os projetos vencedores da 2.ª edição das Bolsas "Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem", uma iniciativa que reconhece projetos de carácter interdisciplinar que visem implementar melhorias nos processos para obtenção de melhores resultados para o doente e contribuam para cimentar a cultura de gestão da saúde com base no valor.

A Unidade Local de Saúde Alto Minho, Centro Hospitalar Universitário do Algarve, Hospital Santa Maria Maior e Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa são as unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) vencedoras, numa edição que contou com a submissão de 14 candidaturas de norte a sul do país, todos com foco na transição digital da saúde com vista à melhoria da qualidade dos cuidados prestados.

A estes projetos serão atribuídas bolsas no valor individual de €50.000,00, constituídas por horas de apoio especializado à execução de cada projeto vencedor a prestar pelos parceiros Exigo e IASIST.

As Bolsas do “Programa Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem” contam com o apoio institucional da Ordem dos Enfermeiros, da Ordem dos Farmacêuticos e da Ordem dos Médicos, vendo assim reconhecida a relevância desta iniciativa.

Os projetos submetidos foram avaliados por um júri composto por personalidades de reconhecido mérito, experiência profissional e/ou académica presidido pela Dr.ª Maria de Belém Roseira e que conta com o Dr. Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, Prof. Doutor Rui Pinto, da Direção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, Enf.ª Ana Rita Cavaco, bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Prof. Doutor Pedro Pita Barros, economista da Saúde, Dr. Xavier Barreto, vogal da APAH e Vera Arreigoso, jornalista especialista em temas da saúde.

Os projetos vencedores serão reconhecidos na cerimónia que se realiza hoje, 29 de novembro, pelas 14h30, no showroom da Altice em Lisboa, e que integrará o debate “Mais SNS - Mudanças e Transformações na Saúde do Século XXI”, ao qual se juntam Delfim Rodrigues da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Júlio Oliveira do IPO do Porto, Nelson Pereira do Centro Hospitalar Universitário de São João, Sónia Dias da Escola Nacional de Saúde Pública e Teresa Luciano do Hospital Garcia de Orta.

O Programa Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem, é uma parceria APAH, Exigo, Gilead Sciences e IASIST, à qual se junta a Altice como parceiro tecnológico, que pretende contribuir para cimentar a cultura de Value Based Heathcare (VBHC) através da análise dos problemas atuais do Sistema Nacional de Saúde, da capacitação dos intervenientes na tomada de decisão, do rigor na avaliação de resultados e da transparência na sua divulgação. O propósito é a implementação de estratégias que permitam melhorar os resultados clínicos, a satisfação dos doentes e a afetação de recursos financeiros.

Projetos vencedores da 2ª edição das Bolsas Mais Valor em Saúde:

Unidade Local de Saúde Alto Minho | Integração Vertical e Horizontal da Consulta de Demências na ULSAM com recurso à Telemedicina

O objetivo principal deste trabalho é implementar, no âmbito das demências, uma Equipa Hospitalar de Memória (EHM) na ULSAM que estabeleça uma rede de cuidados a nível Hospitalar (integração horizontal) e com os cuidados de saúde primários (CSP) (integração vertical), que atuem de acordo com protocolos e tenham como base um Plano Individual de Cuidados (PIC) para cada doente que permita a criação de valor na prestação de cuidados.

Centro Hospitalar Universitário do Algarve | PA_3D Confeção de Produtos de Apoio em 3D

Este projeto tem como objetivo geral o aumento das valências e capacidade de confeção de produtos de apoio do Núcleo de Produtos de Apoio do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA). Como objetivos específicos, o presente projeto visa a produção de próteses e ortóteses, feitas por medida, com recurso a scanner e impressão 3D; aumentar o acesso dos utentes do CHUA a produtos de apoio; reduzir o tempo de espera por produtos de apoio; aumentar o tempo de vida útil dos produtos de apoio, com impressão de componentes de substituição; promover a reutilização de termoplástico para promoção de economia circular e aumentar a autonomia e funcionalidade dos utentes.

Hospital Santa Maria Maior, EPE | Capacitação para automonitorização de utentes sujeitos a terapêutica anticoagulante

Com o programa de capacitação dos utentes para a automonitorização pretende-se:

1. Disponibilizar de forma antecipada a automonitorização para utentes selecionados;

2. Colher dados de eficiência no controlo do INR em intervalo alvo com automonitorização;

3. Verificar a igualdade ou superioridade de eficiência desta forma de controlo, comparativa aos registos prévios dos mesmos utentes na forma clássica;

4. Validar a influência na qualidade de vida e satisfação do doente, comparativa ao método clássico, através de inquéritos;

5. Validar a influência dos dois métodos na atividade profissional do utente e familiares

6. Validar a influência da alimentação INR;

7. Validar a influência da atividade física INR;

8. Validar a qualidade da telemonitorização e da teleconsulta.

Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, EPE | HD SignaL – Plataforma Inteligente de Sinalização de doentes à Hospitalização Domiciliária

A hospitalização domiciliária (HD) tem ao momento uma capacidade de 10 doentes e, de acordo com os relatórios de atividade mensais das unidades de HD, no primeiro semestre do corrente ano, teve uma taxa de ocupação média de 83,64 %.

Perante estes resultados, depreende-se que o objetivo interno passe por atingir os 100 % de taxa de ocupação, de modo a consolidar a atividade, para posteriormente, se aumentar para a capacidade de 20 doentes, como exposto no plano funcional da HD do CHTS.

O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa considera que tanto do ponto de vista formal como do ponto de vista operacional, a solução proposta consegue garantir e oferecer às pessoas aquilo que consideram serem objetivos “absolutamente basilares”. Referem-se a objetivos que assentam na melhoria do acesso aos cuidados, a melhoria dos processos de atendimento e diagnóstico, melhoria dos resultados e o aumento da satisfação e qualidade de vida, contribuindo em simultâneo para a sustentabilidade do SNS, uma vez que este modelo claramente se demonstrou ser custo-efetivo.

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