O futuro do rastreio do cancro da mama: estudo integra mulheres com menos de 50 anos

15/05/23
O futuro do rastreio do cancro da mama: estudo integra mulheres com menos de 50 anos

“Queremos que estas mulheres possam ter a oportunidade de participar num projeto científico que visa perceber como podemos ser mais personalizados no rastreio e evitar mais mortes por cancro da mama.” Palavras do Prof. Doutor Luís Costa, diretor do Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria, na sequência da integração do Centro Hospitalar e Universitário Lisboa Norte no estudo clínico para testar “uma nova ferramenta” para identificar mulheres com risco para cancro da mama e adequar os rastreios e medidas a esse risco.

Em comentário à News Farma, o oncologista destaca que se pretende “testar a implementação da prática de um score poligénico de risco para cancro da mama em mulheres com menos de 50 anos e mais de 75 anos”.

“Aquilo que pretendemos é dar um contributo prático e científico para um teste que já está validado na comunidade europeia, de forma a que, no futuro, as mulheres mais jovens possam começar o rastreio.”

Prevê-se receber cerca de 750 voluntárias, com idades entre os 35 e os 50 anos, utentes de serviços não oncológicos do centro hospitalar que podem também fazer uma mamografia e cujo resultado irá acompanhar o do teste poligénico, assim como uma carta de acompanhamento para entregar ao médico assistente para gestão de risco futuro da doença, caso seja necessário.

Após a realização do teste, classifica-se se a mulher que tem um risco igual ao da população em geral ou se tem um risco mais elevado, disse.

Neste sentido, o que se pretende com este trabalho é demonstrar que é exequível com um teste que já está aprovado noutros países identificar cedo estas mulheres que não estão incluídas mesmo nos novos critérios para começar a fazer o rastreio.

A acompanhar Portugal, juntam-se a Suécia, a Estónia e a Espanha para integrar este projeto europeu.

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