A redução quantitativa dos casos “mais graves” de hepatites virais “é o ponto de partida” no surgimento e aperfeiçoamento de “mais e melhores dados”, começa por refletir o diretor do Programa Nacional para as Hepatites Virais e diretor do Serviço de Gastrenterologia e Hepatologia no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte.
Em Portugal são cerca de 70 mil o número de doentes com hepatites virais, apesar de ser “muito difícil” possuir dados nacionais do número de infetados. Uma vez que muitas das pessoas podem não ter o vírus ativo, o Prof. Doutor Rui Tato Marinho assume, deste modo, a premência na identificação de doentes com doença ativa para que se proceda ao devido acompanhamento e tratamento.
Constatando que gradualmente têm existido múltiplos fatores no processo de desmistificação das doenças virais, assume que podem haver melhorias no acesso ao tratamento da hepatite C quer pelo fluxo de medicação, quer pelo aumento da realização de testes.
Questionado sobre que importância detém a efeméride do Dia Mundial das Hepatites Virais menciona a cobertura e foco concedidos pelos meios de comunicação social e profissionais de saúde, contribuindo para uma maior informação.
A apresentação do Relatório 2022 do Programa Nacional para as Hepatites Virais concretizou-se no passado dia 28 de julho, na Câmara Municipal de Lisboa, contando com a participação de um vasto número de especialistas. Este documento caracteriza a atual situação das hepatites virais em Portugal, traçando também o plano de ação no triénio 2022-2024 identificando as metas a atingir enquadradas com os objetivos da Organização Mundial da Saúde.